O SER HUMANO
Hoje, numa breve e inesperada reflexão, enquanto saciava o jardim, dei comigo a pensar naquilo que, de facto, é o ser humano; talvez que esteja errado, mas e tristemente, chego à conclusão, ainda mais triste, de que somos o único ser vivo que nada respeita... nem o semelhante, grupo no qual está inserido, tão-pouco a mãe Natureza que o acolhe no seu leito, lhe dá tudo o que precisa e que, por recompensa, é o único animal que a destrói a seu bel-prazer e ganância, não olhando a meios nem fins, para conseguir o seu objectivo; mata por prazer, engana, destrói o seu próprio habitat, ocupa o espaço já ocupado, seja por que espécie animal, -mata-o, ou coloniza-o!-, ou vegetal e tudo isto na absurda ideia da sua extra inteligência e superioridade, o que, se tal fosse, nunca pensaria de semelhante forma. Qualquer animal nasce com o instinto de autodefesa e sobrevivência natural, enquanto que o animal humano desenvolve técnicas e armas para, mais fácil e rapidamente, matar e destruir, tudo o que lhe for possível e na sua superioridade... Não mata para saciar a fome, algo natural, somente o que e quando precisa, mas porque as leis, a si criadas, lhe dão poder, prazer, arrogância e ganância de riqueza; envenenando a própria água de onde bebe... Pobre ser! De tão estúpido e ignorante que é, entende ter a capacidade e direito à alteração das leis fundamentais e Universais da Natureza, nunca tendo a capacidade de raciocínio do resultado final e adverso, daí resultantes... Tenho pena dos verdadeiros inocentes! Irónico, a mediocridade de todos quantos defendem, como dogma, a Criação do Universo, no seu mais puro e à mão do Criador, magistral Obra, para e tão somente a destruírem, sem o mínimo de pudor, tanto que Deus criou o homem à sua semelhança e seu filho, na oferta do jardim que, de seu, deveríamos cuidar e como maior riqueza... Não acredito no Criador, mas sei que sou filho da Natureza e do Universo, na sua Omnipotência... e de dois seres, a mim semelhantes!
( Manuel Nunes Francisco ©® )
FILHOS DE DEUS
Ser filho de Deus, é partir à sua descoberta,
Em desenvolvida inocência, pura bondade,
Procurar o dedo da justiça no pai Universo,
No aconchego do carinho da mãe Natureza
E em todo o esplendor da sua maternidade,
Aninhado ao seu colo, como animal indefeso;
É saber distinguir na razão da nossa ganância,
Na subida a palcos errados, nalguma vaidade
E o ajudar de um irmão, na nossa abundância...
É percebermos que, na maior e proba certeza,
A inveja é o que demais servimos de presente;
É saber o verdadeiro sentido da humanidade
Em tudo o que nos possa parecer de adverso,
No milagre de ter sempre uma porta aberta.
Ser filho de Deus, é procurar, no desconhecido,
Tudo aquilo que demais nos parece absorvido,
Percorrer os trilhos da vida, mero caminhante,
Olhando ao nosso redor, como ser inteligente,
Perceber como este mundo nos é controverso.
Ser filho de Deus, não é ir a Meca, ou a Fátima,
Com tudo o que isso possa simbolizar à crença,
Mas lançar, hoje, a mão ao nosso semelhante,
Humilde certeza que amanhã, numa lágrima,
Sorte essa que pela vida fora nos é constante,
Seremos nós e talvez mais, a similar sentença...
Ser filho de Deus, é olharmos para a retaguarda,
Nunca esquecendo quem nos observa de frente,
Entender quanto em nós tem uma salvaguarda,
Tanto que nada somos sem a palavra dos outros
E, como tal, se não a ouvirmos, seremos moucos...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
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