LIBERDADE...
Liberdade, é a consciência de qualquer ser,
Viajante do universo, em luta neste mundo
E não de quem mais tenha e no que quiser,
A que uns estão no cimo e outros no fundo.
Liberdade, é viver os minutos de passagem
E esquecendo os que poderão nunca chegar,
Os que nos abordam e enquanto de viagem
E galopar do tempo, sem ordem para voltar.
Liberdade, é ser corcel em corrida ao vento,
Sem rédeas, ou sela, relinchando de prazer,
Usufruindo da estepe e fogoso ao momento,
Esquecendo tudo o que demais haja a fazer.
Liberdade, é escutar qual serenata da chuva,
Ver o nascer do Sol, ou as cores do sol-nado
Explodir ao mundo, como alcateia que uiva,
Estender-se na areia, sem olhar para o lado.
Liberdade, é o deslizar ao longo do asfalto,
Sem destino e sem horas, ou pelos montes,
Observando em seu redor, em tal encanto,
Agradecendo o quanto divino são as fontes.
Liberdade, é ser aquilo que nunca ousámos,
Libertando-nos das amarras e preconceitos,
Percebendo que a vida é o que merecemos,
Não o que nos ousam impor e por defeitos.
Liberdade, é a absolvição dos estereótipos
E julgamentos, quantas vezes por injúrias,
Azias das mesquinhices e a seus conceitos,
Na inveja que não bebamos suas lamúrias.
Liberdade, é existir no direito ao trabalho,
É não suarmos à preocupação com a fome,
Sentirmos, no corpo, o merecido agasalho
E na certeza onde cada um à noite dorme.
Liberdade, é sentir o valor da segurança,
Quando pisamos a rua por qualquer razão,
Nunca ficarmos presos na pior lembrança
Dum perverso político e distinto charlatão.
Liberdade, é usufruir o direito à educação,
No acreditar ao qual e a mim semelhante,
Na justiça, como qualquer demais cidadão
E independente de raça e seu semblante.
Liberdade, finda onde inicia a dos outros
E por muito que não interesse entender,
Pois que todos terão os mesmos direitos,
Mas, à arrogância, não querem perceber.
Liberdade, liberdade, a eterna liberdade!...
Incontestável, fogosa, sustento de razões,
Quantas as vezes saída da tranquilidade,
De algum repicar e tais nobres corações.
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.
https://www.facebook.com/fdskoe/videos/2201801710104718/?t=526
VIVA OS QUE NÃO ADORMECEM, NEM SE CALAM!!!...
DIVAGANDO
Eis-me, para aqui sentado,
Olhando a relva, divagando,
Mirando ao alto e cismando,
De onde virá qualquer recado...
Sentado baixo, num estrado,
Já pouco me parece estranho,
Salvo o pensamento que entranho,
De quem, mais que eu, desgraçado...
Procura-me este animal, num roçar,
Em busca de qualquer carinho,
– Ou de algo para a barriga! –,
Pois que este não é seu ninho,
Nem horas de cumprimentar...
Desconfia de outro e de briga.
Sigo, no olhar, alguns pássaros,
Que já me reconhecem ao longe,
Descendo a visão dos telhados,
Neste lobo, feito monge...
Eis-me reflectindo na vida,
Do quanto que não pedi
E abre-se, cá dentro, uma ferida,
Por tanto que eu perdi...
Percorro as nuvens, que vão chegando,
Meio brancas, meio cinzentas,
Sinto as gotas que vão molhando,
Caindo suave e lentas,
Refrescando meus pensamentos,
Mergulhados nestes momentos...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.
ALGUMA PROMOÇÃO
Ah, como gostava de ser promovido!
... Deixar de ser um zé-ninguém,
Umas vezes com algum dinheiro,
Outras mais sem um vintém...
Mas será difícil, senão impossível,
Para quem é verdadeiro.
Nada tenho de arrependido,
Do percurso que desenhei,
Foi, para mim, o desejável,
Mesmo no que não alcancei...
E tu, terás feito semelhante,
Ou, simplesmente, um errante?
... Talvez seja essa a diferença,
De tão maquiavélica doença!
Felizmente, fui vacinado à nascença
E tal maleita não me alcança...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.
Ernesto Guevara de la Serna, conhecido como "Che" Guevara (Rosário, 14 de Junho de 1928 — La Higuera, 9 de Outubro de 1967), foi um guerrilheiro, político, jornalista, escritor e médico argentino-cubano.
Guevara foi um dos ideólogos e comandantes que lideraram a Revolução Cubana (1953-1959) que levou a um novo regime político em Cuba. Participou desde então, até 1965, na reorganização do Estado cubano, desempenhando vários altos cargos na sua administração e no seu governo, principalmente na área económica, como presidente do Banco Nacional e como Ministro da Indústria e também na área diplomática, encarregado de várias missões internacionais.
Convencido da necessidade de estender a luta armada revolucionária a todo o Terceiro Mundo, Che Guevara impulsionou a instalação de grupos guerrilheiros em vários países da América Latina. Entre 1965 e 1967, lutou no Congo e na Bolívia, onde foi capturado e assassinado de maneira clandestina e sumária pelo exército boliviano, em colaboração com a CIA, em 9 de Outubro de 1967.
A sua figura desperta grandes paixões, a favor e contra, na opinião pública, e converteu-se em um símbolo de importância mundial. Foi considerado pela revista norte-americana Time uma das cem personalidades mais importantes do século XX. Para muitos dos seus partidários, representa a rebeldia, a luta contra a injustiça social e o espírito incorruptível. Em contrapartida, muitos dos seus opositores o consideram um criminoso, responsável por assassinatos em massa e acusam-no de má gestão como ministro da Indústria.
O seu retrato fotográfico, obra de Alberto Korda, é uma das imagens mais reproduzidas do mundo e um dos ícones do movimento contracultural. Tanto a fotografia original como suas variantes, algumas apenas com o contorno do seu rosto, têm sido intensamente reproduzidas, para uso simbólico, artístico ou publicitário.
»(Meu tributo)... Odiado por uns e amado por outros, simplesmente porque sempre esteve ao lado dos oprimidos e mais fracos; infelizmente terá sido entregue pelos que sempre defendeu e que hoje o amam, ou reconhecem, quanto mais não seja por arrependimento, ou a seus interesses monetários (Higuera, 9 de Outubro de 1967)... CHE GUEVARA, SEMPRE!!!«
Tributo a Che Guevara, 09.10.2018 (Dados e fotos, da net)
SIMPLESMENTE SARAMAGO...
Um homem, talvez seco,
Como o pão que o viu nascer,
Na deliciosa manteiga
Que o viu partir...
Em tanto valor intrínseco
E momentos de sorrir,
Como poderá alguém morrer
E o mundo ficar-te cego?...
Inveja, – isso sim! –, à tua obra,
Essa tão terrível maleita,
Alimento de tamanha seita
E presunção de ego,
Em cenas de carpideira.
Nessa alcunha de nome,
Símbolo de quanta fome,
Do teu tempo foste fartura
E orgulho que nos aconchega,
Por caminhos que percorreste
E louros que mereceste,
Por tempos de quanta dura...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.
ÁGUA QUE SOMOS
Água, divino nascer das fontes,
Que te lanças do alto dos céus,
Caindo na terra e te soltas,
Por campos e vales, que não só meus,
Lavando as pedras, os montes,
Te aguentas às piores afrontas,
Limpas os rios, enches os mares,
Sem te negares aos olhares
E me acaricias o rosto,
Ou me acalmas o corpo,
Me irrigas as fracas veias,
Que tanto lavas qualquer trapo,
Como lágrimas de qual desgosto...
E sujas-te, limpando tudo e todos,
Enquanto ficas doente, aos poucos...
Acaricias as nossas feridas,
Dás alento a sementeiras,
Baptizas a seiva das videiras,
Sacias, pelo mundo, plantas e animais,
Banhas os pássaros de jardins e quintais
E apagas o pó dos campos,
Afogando outros, em prantos.
És banho, nos dias quentes de verão,
Alimentas sonhos e desilusão,
Por viagens de alto-mar,
Ou faina de quem pescar...
És sossego da minha sede,
Relaxo de meus pés dormentes,
Processo que a aduela vede,
Água benta de quantos crentes.
És o mais concreto da vida,
No chegar e na partida,
Mas tão cruel maltratada...
És tudo, no meio do nada!
Água, que és meu corpo, nestes ossos,
Na minha carne, feita gente,
Neste mundo de poluentes
E em águas dos meus olhos,
Tornados, por ti, em nascentes,
Salvar-te, é mais que urgente!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. UNS SOBEM, OUTROS DESCEM!...
. SIGO NAS CALMAS, OLHANDO ...
. SOBREVIVÊNCIA NO SILÊNCIO...