Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2019

MINHAS CAMINHADAS

 

Caminhadas III.jpg

MINHAS CAMINHADAS

 

Sigo caminhando e ao longo do curso das águas,
Olhando algumas olhas que, ao de cima pairam,
Pelos seus mais caricatos contornos e formação,
Como sem saber, nem pressas, para onde vão,
Mas, ao baixo e no sabor da corrente, deslizam
E, a seus mais perdidos destinos, sem tréguas...
E sem o tempo a contar e por espaço que reste,
Lá se navegam, como se olhares sobre o corpo,
De alto a baixo e em desvios um tanto alheios
Ou, quem sabe, se por promíscuos serpenteios,
Pois que, tal delírio, foi a visão que ofereceste,
Tal como os óleos que deslizam por este tempo...
Atraem o nosso olhar, tais as cores convidativas,
Sem quais reservas, ou questões interrogativas,
Por esses trilhos, demais batidos, que desbravo
E que, perante os que passam, me dizem parvo...
Mas continuarei, por esta minha loucura e ritmo,
Observando tudo o que me rodeia e tal espanta,
Aprendendo o que poucos ousam compreender,
Pois que é de minha natureza e saudável íntimo,
Que a maioria não entende, nem quer perceber...
E se percebessem, elevariam as mãos aos astros,
Esqueceriam críticas, poupando mais a garganta,
Deixando de apontar o dedo, pensando-se castos!...

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

sinto-me:
tags:

publicado por francisfoto às 23:37
link do post | comentar | favorito

AQUELE BARQUINHO

 

Barquinho de cortiça.JPG

AQUELE BARQUINHO

 

Era um pobre barquinho de cortiça
E que descia pelas águas da ribeira,
Nalguma solarenga manhã castiça,
Senão brincadeiras de tarde inteira.

 

É uma recordação que não me deixa,
Daqueles longínquos dias de menino...
E prendia-o numa linha, qual fateixa,
Sonhando, belas horas, em doce tino.

 

Era, simplesmente, navegado à mão,
Para que não se afastasse demasiado,
Pois era o meu brinquedo de devoção...

 

E único... tal, nunca o poderia perder!
Assim, trazia-o sempre bem agarrado,
Para que outro não tivesse que fazer!...

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

 

sinto-me:
tags:

publicado por francisfoto às 14:43
link do post | comentar | favorito
Quarta-feira, 30 de Janeiro de 2019

ÁGUAS DE INFORTÚNIO

 

Águas de infortúnio.jpg

ÁGUAS DE INFORTÚNIO

 

Águas que desabam e inundam os campos
E que lavam as estradas, por onde passam,
Encharcam almas, gélidas e que necessitadas,
Num desconforto e tortura, de almas penadas,
Enquanto, outros mais, não vêem, nem pensam,
Na sua avidez e conforto, peito e cinto esticado,
Soberbo relógio, calça vincada e oiro pendurado,
Sob quantas pontes correm tais rios de degredos...
Pingam forte, ou simplesmente de mansinho,
Mas molham e fazem correr outras tantas águas,
Tantos são os olhos e maiores são as mágoas,
Em que cada, triste e esquecido, no seu cantinho,
Mói e remói, em quantos assuntos mergulhado...
Para quantos sobrevivem, viver não é um achado!
Águas, que te encharcam o corpo e tuas vestes,
Limpam as pedras da calçada, de uma assentada
E, nesse teu buraco, nada te resta, se te despes,
Tanto que é essa a única roupa e além do nada...
E choras, reclamando algo e ao que tens direito,
Sem que ninguém te escute, sentado nesse teu leito!...
Desembrulhas algumas côdeas e já molhadas, de pão,
Bolorento, que algum contentor de lixo te forneceu,
Bebendo água da chuva, com esse outro teu irmão,
Que, por longas e percorridas estradas, te conheceu...
E vais mastigando, como podes, na falta de dentes,
Enquanto extrais parte de algumas partes podres,
De uma mísera fruta e que, por sorte, veio à mão,
Partilhando palavras de conforto, nessa escuridão,
Por quantas histórias e deveras tristes, para contar,
Com quanto exteriorizas o que mais tens e sentes
E mal-aconchegado nas tuas roupas e seus odores...
Num improvisado tecto, de latas que te cobrem
E que recolheste num descampado, bate a chuva,
Escorrendo por incerta e ferrugenta parte lateral,
Enquanto, nessa tua mente, já demasiado turva,
Questionando, mais uma vez, se voltas a acordar
E pensando naqueles que, como tu, tanto sofrem,
Reclamas por algum descanso, merecido e final,
Ao que tuas águas, salgadas, à chuva se enlaçam,
Por passeios, onde passeiam quantos te abandonaram...
Para eles, não passas de mais um indolente, por conceito
E, teres vindo ao mundo, não foi virtude, mas um defeito!

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

sinto-me:
tags:

publicado por francisfoto às 13:18
link do post | comentar | favorito
Segunda-feira, 28 de Janeiro de 2019

BOCAGE, O POETA

 

Bocage, o poeta II.jpg

Bocage, o poeta.jpg

BOCAGE, O POETA

 

Bocage, poeta das emoções,
De escritas e palavras mordazes,
Pinga-amores, luz de corações,
Frontal, a que houve de audaz,
A que outros não foram capazes
E por esse tempo tão fugaz...
Mestre de quem obra grava,
Pelas mais linhas do corrosivo,
Autêntico poeta e incisivo,
Daqueles que ninguém trava!
Bocage, mártir do pensamento
E sem rodeios no momento,
Em prova dada e concreta,
Das putas, mas não proxeneta,
Tal e que deixou, à sociedade,
Críticas, na suprema verdade...
Bocage, das ruelas e tavernas,
Mundano e quanto bastou,
Senhor dos becos, não das trevas
E rameiras, que tanto amou...
Bocage, amado da burguesia,
Companheiro do vulgo,
Sem medo de qualquer julgo,
Inconveniente aos safados,
Sem papas na língua, ao que dizia,
Mestre dos mal-amados
E pagando áspero por qual deslize,
Até ao amor, no verosímil que importa
E pelo que morreu a suposta Nize,
Para que, à sua vida, soasse a porta.
Digno e senhor de tamanha verve,
A sua pena ainda hoje desliza e ferve,
Ao encontro de outros idílios, epístolas,
Odes, canções, cançonetas e cantatas...
Ai Bocage, como deixas saudade,
Nos versos, saber e frontalidade!...

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

sinto-me:
tags:

publicado por francisfoto às 15:32
link do post | comentar | favorito

BOCAGE

 

Bocage II.jpg

BOCAGE



Ai Bocage, como tinhas tantas razões,
Com essas tuas palavras, inteligência,
Atacando, quantos na lista de ladrões
E nessa tão diversa escrita e sapiência!



Foi-se a pena e mão, dessas escritas,
Análise genuína e tamanha verdade,
Restando tão semelhantes parasitas,
Para que deixes ainda mais saudade.



Nada mudou, aos teus versos sadinos,
Nada, que nos possa deixar tranquilos,
Nem as moscas, para que igual merda...



Os burros calados, são de tal esplendor,
Que nem sentem o cheiro em seu redor,
Tal tamanho de longínqua massa lerda.

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

sinto-me:
tags:

publicado por francisfoto às 00:35
link do post | comentar | favorito
Domingo, 27 de Janeiro de 2019

SENSAÇÕES DE PENUMBRA

 

Sensações de penumbra.jpg


SENSAÇÕES DE PENUMBRA

 

Beijam-se lábios,
Mordem-se e entrelaçam-se línguas,
Sussurra-se aos ouvidos,
Tira-se o corpo de mínguas,
Libertando sensações,
Em loucas e cavalgadas emoções,
Apaziguando tais corações feridos,
Por correntes de espasmos...
Contorcem-se partes do corpo
E perdidos no tempo,
Nalgum quarto, revestido de penumbra...
Aproveita-se o momento que sobra,
Envolvido em segredos guardados,
Na mais secreta manobra,
Como caixa de Pandora
E fechada a sete cadeados.
... Limpam-se suores,
Águas de Afrodite,
Tais nascentes de amores
E poemas de quem os dite...
Trocam-se alguns olhares,
Aos olhos que são seus pares.
Levantam-se almas feitas nuas,
Procurando roupas que são suas...
Amanhã, o Sol será outro, sorrindo louco
E em busca da noite de há pouco,
Sabendo que foi amante da Lua,
Numa noite que também foi sua.

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

sinto-me:
tags:

publicado por francisfoto às 15:29
link do post | comentar | favorito

AI, BOCAGE, BOCAGE, COMO A TUA VISÃO ERA A PERFEIÇÃO!...

 

Bocage - Vida puta.jpg

 

sinto-me:
tags:

publicado por francisfoto às 15:10
link do post | comentar | favorito
Sábado, 26 de Janeiro de 2019

PENITÊNCIAS

 

Penitências.JPG

PENITÊNCIAS

 

Recolho as pedras da calçada e em que tropeço,
Guardo-as na algibeira, já pesada de outras tais,
Levando-as para casa, sobre as quais adormeço,
Num flagelo e para que esqueça as coisas reais...

 

Maior é o sofrimento de quem morre na fome,
Sem cama, qualquer mesa, sem eira nem beira
E torcido sobre o podre colchão, em que dorme,
À espera da misericórdia e que não há maneira...

 

Lá se arrastam, como podem, ou se lhes deixam,
Pois que até mesmo isso e um dia, será proibido,
Como carneiros tosquiados e ao que os esperam.

 

Das pedras em que durmo e arte que me fazem,
Levanto-me, em pensamentos e de corpo dorido,
Arrastando o olhar e feito surdo ao que maldizem...

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

sinto-me:
tags:

publicado por francisfoto às 20:36
link do post | comentar | favorito
Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2019

QUEM SOMOS NÓS

 

Quem somos I.jpg

QUEM SOMOS NÓS

 

Ai, Deus, que dou comigo a pensar,
Naqueles que se pensam ser
Senhores do mundo e parecer...
E mais não consigo encontrar,
Que não sejam palavras vãs,
Pouco meigas e menos sãs
E incapazes de ocultar
Quantas mazelas no ar,
De feridas abertas, sem sanar,
Que sinónimos de praguejar!
Ai, Deus, que somos cobras a rastejar
E sem o qual poder de encantar!...
E fico, simplesmente, a repensar,
Onde irão estes teus filhos parar?...
Às portas do Paraíso e recusados,
Sem passagem pelo Purgatório
E à vez para serem queimados,
Nas labaredas de um tórrido Inferno,
Pois que o Mundo é gélido Inverno
E tão reles e merecido, será o velório!...

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

 

sinto-me:
tags:

publicado por francisfoto às 22:57
link do post | comentar | favorito
Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019

UNIVERSO DE CRIANÇA

 

Universo de crianças.jpg

UNIVERSO DE CRIANÇA

 

São crianças, que se espalham por este mundo,
Através dos tempos, mais ou menos, inglórios,
Bafejadas por, mais ou menos, sorte e sorrisos,
Mas que contemplam este Universo e fecundo.

 

São meigas, ou mais traquinas, por esses anos,
São barulhentas, como movimentados pardais,
Saltitantes, sonhadoras, melosas, até não mais,
Correndo ao longo dos campos e sem destinos.

 

Mas as desilusões somam, ao passar do tempo,
Restando os prazeres, que as vão encantando
E cantarolando a letra que lhes vão cantando...

 

Parabéns à criança, que tantos anos comemora,
Que seja feliz, aos seus desejos de melhor hora
E que os sonhos sejam da protecção de Olimpo.

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

sinto-me:
tags:

publicado por francisfoto às 12:45
link do post | comentar | favorito

.mais sobre mim


. ver perfil

. seguir perfil

. 8 seguidores

.pesquisar

 

.Janeiro 2025

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4

5
6
7
8
9
11

12
13
14
16

19
20
21
22
23
24
25

26
27
28
29
30
31


.Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

.posts recentes

. POLÍTICOS QUE TEMOS...

. PASSADO, PRESENTE E FUTUR...

. ATRÁS DA MORTE...

. MUNDO REDONDO...

. ACORDEM E PENSEM TODOS...

. MOMENTOS DE REFLEXÃO!...

. BEM-HAJAM!...

. PARABÉNS

. 69...

. PONTUAÇÃO E AFINS...

.arquivos

. Janeiro 2025

. Dezembro 2024

. Novembro 2024

. Outubro 2024

. Setembro 2024

. Agosto 2024

. Julho 2024

. Junho 2024

. Maio 2024

. Abril 2024

. Março 2024

. Fevereiro 2024

. Janeiro 2024

. Dezembro 2023

. Novembro 2023

. Outubro 2023

. Setembro 2023

. Agosto 2023

. Julho 2023

. Junho 2023

. Maio 2023

. Abril 2023

. Março 2023

. Fevereiro 2023

. Janeiro 2023

. Dezembro 2022

. Novembro 2022

. Outubro 2022

. Setembro 2022

. Agosto 2022

. Julho 2022

. Junho 2022

. Maio 2022

. Abril 2022

. Março 2022

. Fevereiro 2022

. Janeiro 2022

. Dezembro 2021

. Novembro 2021

. Outubro 2021

. Setembro 2021

. Agosto 2021

. Julho 2021

. Junho 2021

. Maio 2021

. Abril 2021

. Março 2021

. Fevereiro 2021

. Janeiro 2021

. Dezembro 2020

. Novembro 2020

. Outubro 2020

. Setembro 2020

. Agosto 2020

. Julho 2020

. Junho 2020

. Maio 2020

. Abril 2020

. Março 2020

. Fevereiro 2020

. Janeiro 2020

. Dezembro 2019

. Novembro 2019

. Outubro 2019

. Setembro 2019

. Agosto 2019

. Julho 2019

. Junho 2019

. Maio 2019

. Abril 2019

. Março 2019

. Fevereiro 2019

. Janeiro 2019

. Dezembro 2018

. Novembro 2018

. Outubro 2018

. Setembro 2018

. Agosto 2018

. Julho 2018

. Junho 2018

. Maio 2018

. Abril 2018

. Março 2018

. Fevereiro 2018

. Janeiro 2018

. Dezembro 2017

. Novembro 2017

. Outubro 2017

. Setembro 2017

. Agosto 2017

. Julho 2017

. Junho 2017

. Maio 2017

. Abril 2017

. Março 2017

. Fevereiro 2017

. Janeiro 2017

. Dezembro 2016

. Novembro 2016

. Outubro 2016

. Setembro 2016

. Agosto 2016

. Julho 2016

. Maio 2016

. Abril 2016

. Março 2016

. Fevereiro 2016

. Janeiro 2016

. Dezembro 2015

. Novembro 2015

. Setembro 2015

. Julho 2015

. Maio 2015

. Abril 2015

. Fevereiro 2015

. Janeiro 2015

. Dezembro 2014

. Novembro 2014

. Outubro 2014

. Setembro 2014

. Agosto 2014

. Junho 2014

.tags

. todas as tags

SAPO Blogs

.subscrever feeds

Em destaque no SAPO Blogs
pub