SEVERA REALIDADE...
Dura realidade e nunca foi, nem será, quem semeia, que come os frutos do seu suor...
E resta-nos fazer por tal, não comendo com quem colhe, mas com quem semeia!...
Sentando-nos à mesa, comendo do trabalho que nos foi e nunca de quem não teve,
Tão-pouco terá e nunca deu valor ao sangue, suor e lágrimas, de quem trabalhou!
As palmas das mãos falam por todos e quanto se dobram, a quem não ouve clamor,
Nem repara nos calos endurecidos, ao que a pele já não sente, de tão rija se maneia
E esperando qualquer esperança, para si e para os seus, até que o destino os leve,
Ao além, sonhado paraíso, outras paragens de oferta, ao que aqui pouco encontrou...
Lavaram-se e somente, nas lágrimas que foram brotando, de um rosto desfigurado,
Agarrando-se a um peito, a qual estômago pedinte de comida, à fome abandonado,
Servido de promessas de quem se empanturra, não só de alimento, mas de boa-vida...
Pois que os escravos são obedientes, numa família para sustentar e sem outra razão,
Trabalho, casa e vice-versa, deixando sonhos para trás, sem início, nem conclusão
E que toda uma vida não passou de mascarada, numa morte de qual vida perdida!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.
ABRIL DEMOCRÁTICO E LIVRE...
Estes "senhores", que nos confinam de aglomerações, com entrada proibida nas praias, jardins públicos e com mais dimensão que a Assembleia da República, para não falar de todo o restante, como restaurantes, etc., querem-se amontoar num espaço privado, mas do povo que os elegeu, no medo que os portugueses esqueçam o 25 de Abril; mas o povo não esquece a Revolução dos Cravos, unicamente está farto de tanta arrogância política, do dito por não dito e a bel-prazer, em quantos péssimos exemplos, enquanto utilizam a Liberdade para condicionarem a liberdade dos demais e naquilo de maior interesse partidário, para não dizer pessoal, lavando a mente a quantos procuram os mesmos tachos, sejam familiares, amigos, ou quantos que tais... Tenham vergonha e não gozem com quem também tem meio palmo de testa para pensar e sem ser a reboque daqueles que utilizam Abril, naquilo para o qual não foi concebido e em proveito escandaloso e privado, ou de grupo ideológico... VIVA PORTUGAL E O 25 DE ABRIL, LIVRE!!!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
CHUVA QUE ME FALA
Embalo-me, pelo encanto desta chuva
E nessa meiga calmaria que transporta,
Tal conforto, que me assenta como luva
E cuja, em boas-vindas, bate à porta...
Deixo-me adormecer, estando acordado,
Olhando o céu infinito, pleno de imagens,
Enquanto fixo este tempo bem mandado
E oníricos ventos, sacudindo as ramagens...
É tranquilidade e ócio, silêncio que me fala,
Nalgum néctar dos deuses da melhor vinha,
Numa nesga de raios de sol que se adivinha...
Entrego-me a este sonho, de tanta perfeição,
Olhando os pássaros, que me trazem à razão,
Entre trautear de chuva e sol tentando a sala...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
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QUAIS AS INTENÇÕES...
De novo o tal dilema, ser, ou não ser,
Desta feita, se descer, ou não descer?!...
Será, portanto, esta a minha questão
E questionando os lados da confusão...
Não me oponho a que me as desçam,
– As calças! –, perante o que ofereçam...
E tal seja pra me posicionarem a mijar,
Mas nunca para me tentarem enrabar...
Quão boas são as intenções no Inferno
E que por tais caminhos fujo de andar,
Nem por essas pedras quero tropeçar!
Questiono-vos e desde muito pequeno,
Sem que alguém me tenha respondido...
Assim vou ficando, mas sem ser fodido!
( Manuel Nunes Francisco ©® )
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TODO UM CIRCO BEM MONTADO...
Este país e este povo, afogou-se na liberdade de um 25 de Abril, limitada numa democracia feita para alguns, num teatro de magia e ilusão, em que ficaram muitos coelhos por sair da cartola. Houve um circo bem montado, para convidados de excelência, em que os espectadores ficaram de fora e sempre os mesmos, tendo montado toda a estrutura e cenário, pagando bilhete vitalício, mas sem direito a entrada, sustentando os animais e limpando toda a porcaria que fazem, enquanto batem palmas aos palhaços da arena, nas anedotas que nos vão contando!... A mudança era inevitável, mas não no percurso que tomou, nem nas consequências que veio a ter, pelo que Salgueiro Maia e outros heróis da Revolução dos Cravos, se sentirão traídos e numa profunda desilusão, onde quer que estejam... Que estejam em paz, porque o povo é sereno!
( Manuel Nunes Francisco ©® )
JUSTIÇA DA NATUREZA
Nunca saberei se terá sido Deus,
Ou se foi a natureza justa,
Mas uma coisa será certa:
Tudo no Universo se ajusta,
Quando há julgamento que atesta
E nalguns pensamentos meus!...
As moléstias, são o que são,
Nesta, ou noutra ocasião,
Num sacrilégio de erros
E quantas estiagens de cerros...
Coincidência, ou talvez não,
Que não há bela sem senão,
Nesta epidemia em cheio
E quarentena confinada,
Nalgum recolher de vícios
E despoluído ficando o ar,
Temos um tempo de premeio,
Por tanta chuva abençoada,
Naquele provérbio de Abril,
Conhecido por águas mil,
O que nos levará a pensar,
Se não teremos vivido um ardil,
Ou numa sociedade senil
E precisando de mais hospícios!?...
Findo este tempo de esperança,
Bem-haja seja qual a mudança!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
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VIAGEM DE ARGONAUTA
Pego na minha nave e viajo pelo espaço,
Viajante do Universo, sortudo argonauta,
Só, pois é assim que se fazem as viagens
E sempre que queremos contínuo sonhar...
Amanhã serei agricultor a diversos épicos,
Arado enterrado por terras sem distância,
Por quanta e mais maravilhosa esperança,
Semeando tais alegrias, músicas de pauta,
Tudo o que mais preciso e em abundância,
Deixando de retro agonias e por bonança...
Serei escultor das mais precisas imagens,
Escreverei sorrisos, na alegria de palhaço
E, de tão genuíno, tal será para perpetuar...
Seguirei sem rumo, a distantes paragens
E talvez que regresse, pleno de bobagens,
Sonhos de crianças, sem qualquer mácula,
Dando volta ao leme, na mais bela cábula,
Aquando todos deixarem de estar ébrios!...
Então e assim que atracar, ficarei tão feliz,
Se por espera esteja quem saiba o que diz...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
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TEMPESTADES
Hoje, foi a terrível tempestade,
Ventos de contra e algum trovejar,
Mas não desanimes, muito menos chores,
Porque dias virão, na tranquilidade,
Talvez que, já amanhã,
Muito possivelmente de manhã,
Em que novos raios de sol surgirão,
Rodeados de quantos amores,
Desejosos de te dar a mão
E loucos de te beijar...
Podes recusar tal atitude singela
E no meio de tanto tormento,
Mas, acredita, a vida é bela
E há que viver o momento!
... Com o passar dos tempos,
Tudo o que viveste será vaidade,
Mesmo que sem argumentos,
Mas ao que sentirás saudade...
Após mau tempo, vem a bonança,
Ama, canta, dança e semeia a esperança!
( Manuel Nunes Francisco ©® )
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AS MINHAS DESCULPAS...
Sabes, meu pobre e incompreendido amigo,
No fundo do coração, até mereces desculpa,
Quanto mais não seja pela crítica ao que digo,
Pois que o fazes, mas sem recurso a qual lupa!
Ora me chamas de comunista, ora de fascista,
Mas entendo-te, sendo tempo duma decisão,
Esquecendo-te que não o sou, mas humanista,
Um passageiro do tempo e na procura da razão...
Por isso, é tempo de te decidires e de pensar,
Antes de me apontares o mais quer que seja,
Pois a minha paciência tem limites e por azar!
Não sejas cego, pensando que vês por todos,
Ao que serei, sempre, quem acima de ti veja,
Quem o excesso de visão sobra para os tolos!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
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QUARENTENAS...
Sei o quanto odeiam quarentenas,
Mas tento manter-vos certa ordem,
Pois nada se resolverá com novenas
E por demais que os sinos dobrem!...
Sou um vírus e tal vosso pesadelo,
Ilustre nome, inesquecível Corona
E tentando não ceder a qual apelo,
Por mais que preces andem à tona!...
Ir-se-ão lembrar de tais fatalidades,
Erros que, no tempo, têm cometido
E ao que chamavam de banalidades...
Desarmando as defesas e num total,
A qual severo aviso incompreendido
E, por ora, nesta minha vingança fatal!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
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