O REAL DO SURREAL
Ando com os pés na Terra,
Assentes num mundo real,
Não jogando a tua guerra,
Nesse teu universo surreal...
Sigo por este meu deserto,
Levando areia aos ombros,
Venço dunas, num incerto,
Por entre certos escombros...
Travo lutas e não só minhas,
Sendo essas as mais difíceis,
Essas tuas e quais caminhas...
Que tanto me são desilusão
E que nunca serão credíveis,
No mais que teimes à razão!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.
PORTUGUÊS DE CAMÕES
Sou o português de Camões,
Terna língua e feita escrava,
Num corrupio das desilusões
E a outro português vendida,
Numa qualquer feira barata,
Sem um direito a ser ouvida,
Às mais humilhações exposta,
A ver aquele quem mais dava...
Todo o mundo ouve pasmado
E o mestre chora, num pranto,
Traído, às palavras enganado...
E Pessoa dá voltas no túmulo,
Sorriem palhaços, encantados
E o português aceita o cúmulo,
De tal Acordo, para atrasados,
Como se vivesse um encanto!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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