DELFIM, ENTRE TUBARÕES...
Sigo, delfim, por águas desconhecidas,
De um qualquer oceano,
Talvez de forças já vencidas,
Por lutas de sangue espartano!...
Nadando ao longo e sabor das ondas,
Sejam águas quentes, ou frias,
Seguindo as minhas sondas,
Como se à procura de perdidas crias!...
Chamo a atenção, por minha linguagem,
Talvez que confrontando orientação,
Para que não siga qualquer miragem
E só naquilo que me é devoção!...
Na minha luta, por oceanos turbulentos,
Já não sei se tenho razão, ou se o tubarão,
Pois que se vão perdendo os argumentos,
Por quanto cardume pra mesas de barão!...
Pantominam e travestidos de palhaços,
Fazendo seduções em cantos das sereias,
Sobre certos bancos de areia e escaços
E encantando por tamanhas diarreias!...
Avanço por tais águas, infestadas de ilusões,
Servindo-me deste meu genuíno sonar,
Mas não me questionem as razões,
Pelo qual ainda não alcancei alto-mar!...
Por ora, deixem-me seguir, em saltos,
Divertir quantos me observam,
Comunicar, detectar quais ecos e sobressaltos,
Nadando ao longe de quantos me enervam!...
Manuel Nunes Francisco ©®
- Imagem da net -
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