DIA NÃO SÃO DIAS!...
Quando disserem que sou azedo,
Áspero, insensível, mal-humorado,
Lembrem-se que há dias para tudo,
Tanto de rico, como de desgraçado...
Dias de movimento, outros de quedo,
Aqueles de sol, tal como de sombrio,
De chuva e seca, tal como calor e frio,
De roupa leve, ou de um sobretudo,
Momentos de raiva e de sereno,
Dias em que nada vale a pena
E batendo à porta do inferno,
Outros na pureza mais serena...
Dia não são dias!...
Há dias de frenesim,
Quantos outros de melancolias,
Mas todos eles eleitos por mim!...
Se hoje estou taciturno,
Melhores dias e noites terei,
Em que da noite dia farei,
Enquanto de dia procurarei Saturno,
Qualquer planeta bem distante,
Que me chame daqui para fora,
Em que nenhum relógio me dê hora
E me solte a alma num instante!...
Não pretendo ser sorumbático,
Preso pelos piores pensamentos,
Afastando brisas de maus ventos,
Tentando saborear os momentos,
Espelhar sombras dos desatentos
E sem vender luzes de simpático...
Se disserem o quanto estou assim,
De mim nada sabem... mas enfim!...
Abram alas, porque estou de passagem
E não pretendo prestar vassalagem!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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