PRESSAS DO TEMPO
Ao tempo nunca dei pressas,
Nas pressas que o tempo tem,
Neste mundo de tais avessas
E ventania que de fronte vem...
As minhas pressas são o vento
E o qual não consigo agarrar,
Sem um relógio de advento,
Tão-pouco a arte de o parar...
Solto-me nas pressas do tempo,
Horizontes sem destino,
Por estepes, ou desnudo campo...
Os meus ponteiros andam devagar,
Suaves passos de menino,
Porém, qualquer dia, irei lá chegar!...
Manuel Nunes Francisco ©®
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.
SOU ONDA DE ESPUMA
Sou uma onda de espuma,
Cavalgando sobre o mar,
A movimento que assuma,
Sem nunca se deixar domar...
Força das águas que a pariu,
Mesmo que rebente na costa,
Por qual falésia que a ouviu,
Entrando nas praias que gosta...
Adormecendo sobre as areias,
Molhando corpos de sereias
E lavando redes do pescador...
Num tal combate com ardor,
Contra forças de tanto vento,
Mesmo em marés de lamento!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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Ramalho Ortigão
"Na sequência do regicídio, em 1908, escreveu Rei D. Carlos: o martirizado. Com a implantação da República, em 1910, pediu imediatamente a Teófilo Braga a demissão do cargo de bibliotecário da Real Biblioteca da Ajuda, escrevendo-lhe que se recusava a aderir à República "engrossando assim o abjecto número de percevejos que de um buraco estou vendo nojosamente cobrir o leito da governação". Saiu em seguida para um exílio voluntário em Paris, onde começou a escrever as Últimas Farpas (1911–1914) contra o regime republicano".
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