NÃO ESQUEÇO...
Não esqueço!... Não esqueço as guerras,
Tanto quem as faz, tão-pouco as vítimas
E estas muito menos, no quanto sofrem,
Sequer uns demais e cujos delas cobrem
E, em suaves lençóis, no sereno dormem,
Sem remorsos, tampouco pestanejarem
E cuja vida lhes corre como santas almas,
Na riqueza, ridículo entre tantas palmas,
Pois as culpas são pronunciadas ínfimas!...
Assim, vou remoendo pelas lembranças,
Numas cada vez mais ténues esperanças,
Trilhando os meus diários desfiladeiros...
E, percorrendo tal passado, não esqueço,
Vivendo uma certeza do quanto mereço,
Pelos que tanto me tentaram fazer mal,
Fosse por montes, cidades, ou atoleiros!...
Não esqueço, o que mais queria esquecer,
As pedras do caminho que sempre andei,
Os altos e baixos, todas as lamas que pisei,
As serras agrestes, às quais tanto me dei,
Tantas outras coisas, tantas que já não sei!!...
Não esqueço quantos me foram tais feras,
Aqueles que, nas feridas, me lançaram sal
E, pelo infortúnio, me tentaram escarnecer!...
Não esqueço e saibam que não esquecerei,
Pela lembrança das sendas em que chorei!...
Por agora, o tempo não pára e tal hora terei,
Cuja, por limpas rotas, mais tarde lembrarei!...
Manuel Nunes Francisco ©®
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.
IPO - Inspecção Periódica Obrigatória a Motas...
Vamos deixar de ser BURROS, ESTÚPIDOS E HIPÓCRITAS, quanto à tomada de decisão na obrigatoriedade de inspecção periódica a motas, por parte dos (des)Governos em geral, assim como quantos defendem tal situação, com dor de corno e sem eu entender porquê, armados em espertos e associando a lei a veículos automóveis de 4 rodas, pois que esta inspecção somente se baseia a cilindradas acima de 125 cc!... Porém, vamos olhar só a Portugal e, como afirmei de início, deixar de ser BURROS, ESTÚPIDOS E HIPÓCRITAS, pelo que ainda não entenderam que, desta forma, está-se a defender empresas com poder de decisão e força no "mercado", distribuição de produtos ao domicílio, correspondência postal e não só, pois que estas, na grande maioria, possuem motociclos dessa cilindrada, assim como, aqueles que têm dor de cotovelo, são, precisamente, os que mais se fazem utilizar de tais serviços! Mentecaptos, faço notar que uma das três motas que tenho, é precisamente de 125cc, pelo que estou à vontade ao raciocínio apresentado e cujo passo a desenvolver noutros parâmetros: tenho o mesmo cuidado com todas elas, ao contrário da MAIORIA, –sublinho, MAIORIA!!–, das que circulam pelas nossas estradas, a cair de "maduro", sabe Deus o estado geral da mecânica, travões, luzes, piscas, etc., ao qual ninguém ainda parou para pensar na HOPOCRISIA defendida e participando nos interesses e decisões (des)governamentais, esfomeados por mais dinheiro daí envolvente e mãos atrás das costas às empresas defendidas... Deus para uns, o Diabo para os outros!! Quem gosta de motas e da vida, toma o devido cuidado, sem necessidade de obrigatoriedades!... Observem quantos carros circulam nas estradas, sem as devidas condições e tendo sido inspeccionados!... Assim sendo, de parte a parte, tenham VERGONHA, os quantos alinham neste lamaçal de BURROS!!!...
- Manuel Nunes Francisco ©® -
O MEU CAMINHO...
Avanço pelo meu pretendido caminho,
O meu destino, mesmo que confuso,
Tanto acompanhado, quer seja sozinho,
Na minha peculiar escolha e qual uso!...
Escolhas, serei sempre eu que as faço,
Mesmo existindo quem me condene,
O qual pouco me importo desse traço,
Sendo quem faz a linha que me define!...
Vagueio, na minha singular existência,
Pela lama da caminhada e persistência,
Mesmo que pelo pó, cujo vou elevando...
No final, preservo o que vou guardando,
Retirando as tantas pedras dos sapatos
E sacudindo os resquícios duns ingratos!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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A VIDA E A MORTE...
A vida e a morte, são uma simbiose perfeita,
Sendo imagem do mesmo espelho!...
Confrontam-se, mas sentam-se à mesma mesa,
Por vilãs que são e de semelhante seita,
Arquitectando-nos uma luta sem defesa
E para uma qual vitória não existe conselho!...
A vida é uma viagem pela despedida,
Numa caminhada, que nasce despida,
Com bilhete pra morte e bem-vestida,
Contratada missão, dada por cumprida!...
A vida e a morte suportam-se de braço dado,
Felizes e contentes, caminhando juntas,
Embora guerreando, num desfilar de soldado,
Pela mesma praça e zombarias conjuntas!...
É uma ambiguidade de confrontos,
Travessia do deserto, cuja nos deixa tontos
E sem que possamos escolher a volta a dar,
Pelas voltas da vida, seja da morte a acenar!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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A VIDA, NA SUA REPETIÇÃO...
A vida!... A vida é uma repetição de dias,
Pelo mais vasto ser, seja a humanidade!...
Pensa com a devida atenção e não te rias,
Caso confrontes o poder de tal verdade!...
Não importa aquilo que penses da vida,
Se, por isso, fazes parte de uma maioria,
Repetindo, dia-a-dia, essa vida repetida,
De ti havendo quem, tanto e mais se ria!...
A vida não passa de um repetir de factos,
Levantar ao sol-nado, bulir até às tantas
E regressar, sem reflectir por esses actos...
Então, a vida repete-se, sem dares por tal,
Adormeces, num enrolar às tuas mantas!...
E o ciclo repete-se, sem acordares do mal!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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IDADE PARA TER JUÍZO!...
Quantas vezes questionam se sou maluco!?...
Na maior das serenidades, complemento...
Não, não sou, mas já tenho idade para ter juízo!...
Sim, pelos anos, que já somam e em demasia,
Todavia, sem que, por isso, os considere demais,
Na forma de os viver, para alguns razão de azia,
Pois que estão mais fora de prazo e por caduco,
Vivência parada e sem o menor desenvolvimento,
Comparados ao cujo apresento por meus sinais!...
Os anos não têm idade, nem tempo, sequer guizo,
Como aviso e sentenciando qualquer limite...
Limites, são construídos por quem a isso se entrega,
Como se fossem vinho azedo, em pipas de adega,
Parado que ficou e sem amalucar num tal consumo,
Sem sulfito que seja e cujo amargo assim permite,
Estagnado néctar, faltando coragem a idílico rumo!...
Se sou maluco!?... Sou, louco, no mais perfeito ciso,
Nunca receando e muito menos ainda no indeciso,
Perante as aventuras que ainda ouso conseguir
E, assim, Deus, ou o Diabo, me ajudem até partir!!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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