ANTAGONISMOS...
Sou um amantético viajante,
Adoro andar, de espreitar, deambular,
Apesar de não tanto quanto desejaria
E por um universo que me encante!...
Gosto de partir, de aproveitar,
De sonhar, num certo prazer de chegar
E vindouros sonhos tencionar!...
O tempo que nos foi dado é para isso mesmo...
Nascer, crescer, viver e no máximo pragmatismo!...
Só não entendo certas formas de comemorar...
A passagem de um ano para o seguinte,
Os anos sui generis que nos consomem!...
Porquê festejar o que nos aproxima da partida,
Porém, sem qualquer regresso
E haja quem por tal antagonismo me finte,
Não me interessando quantos sinos dobrem,
Até ao nosso dia da despedida,
Numa derradeira viagem sem qual progresso!...
Jurem-me, a ânsia de ficarem mais velhos,
Ao ponto que eu possa entender,
A imagem por quais verdadeiros espelhos
E de quem se vê a ceder!?...
Ah, como é vertiginoso bater palmas,
No entanto, enquanto se é jovem
E não quando os anos nos fogem,
A afastarem-nos de amigas almas!...
E não quando o tempo nos é final,
Por quantos trajectos a recordar,
Nessa viagem antagónica e anual
E sem a menor razão a qual se ria!...
Não recear o tempo e a idade, sim,
Com os anos na prova de juventude!...
Embora o relógio já chame por mim!!...
Solenizar tal passar é teima sem fim,
Sem explicação a desfigurada atitude
E a viagem não tem cheiro de jasmim!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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