É TEMPO DE OLHAR...
É tempo de olhar em redor,
Num círculo completo de visão!...
Parto e acelero, tanto a penantes,
Ou sentado num cavalo de ferro
E nem que seja em contramão!...
Entretanto, afrouxo e estaciono...
É um momento de reflexão!...
Hoje, olho diferente que dantes,
Talvez porque sei mais o que quero,
Quantas vezes apetecendo-me dar um berro!...
Reconheço o mundo no qual vivo...
De loucos, desatinados, de certo fedor,
Gente doida e doentia, varrida,
Sem qualquer sentimento e perdida,
Embora chapinhando em água benta!...
Pobre bola colorida, sem destino,
Em jogadas feitas sem paixão,
Arbitradas pelo apito da corrupção,
Aplaudidas por adeptos subservientes, no seu sono,
Tais capachos e para qual não sirvo...
Eu jogo por passos de rebelião
E fornalha de tamanho tempero!...
Apetece-me ficar aqui, reflectir...
E não sei se continue tal viagem!...
Tanto tenho vontade de partir,
Como de ficar por qual miragem...
A estrada é em frente, embora poeirenta,
Com tamanhos buracos a ultrapassar!...
Porém, há uma vontade que me aguenta,
Cuja, na caminhada, me sustenta,
Naquele grito, tal que em mim rebenta...
Mas há que aguentar!...
Ai, se soubessem aquilo que me tenta
E seguir à letra o já tão velho hino!!...
É tempo de olhar e acordar,
Dar ânimo à revolta e rebentar!!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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. UNS SOBEM, OUTROS DESCEM!...