AQUELE BARQUINHO
Era um pobre barquinho de cortiça
E que descia pelas águas da ribeira,
Nalguma solarenga manhã castiça,
Senão brincadeiras de tarde inteira.
É uma recordação que não me deixa,
Daqueles longínquos dias de menino...
E prendia-o numa linha, qual fateixa,
Sonhando, belas horas, em doce tino.
Era, simplesmente, navegado à mão,
Para que não se afastasse demasiado,
Pois era o meu brinquedo de devoção...
E único... tal, nunca o poderia perder!
Assim, trazia-o sempre bem agarrado,
Para que outro não tivesse que fazer!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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