BEBEDEIRAS DE MIRAGENS
Corto as minhas fatias de pão
E bebo o meu copo de néctar,
Tal vinho, fonte de esperança,
Mas sem que eu perca a razão...
Nalguma bebedeira de sonhos,
Tudo tento antever e detectar,
Fugindo a tropeços enfadonhos,
Fechar ao mundo uma aliança...
Escolho pontos de luz, no astro,
Que nesta viagem são mastro,
De um navio em que embarco,
Quão utópicas saídas do charco
E por águas de um qual oceano,
À esperança de um não engano...
Pontos e quanta luminescência,
Essa rosa-dos-ventos, referência,
Estrelas, por qual noite obscura,
Na penumbra que demais dura
E bebo, ao correr duma nuvem,
Clara, em trajectos sem destino
E como se inocência de menino,
Em traquinices que me turvem...
Absorvo o meigo voar das aves,
Pelas suas viagens num infinito,
Na vontade de deitar um grito,
Num invejar das batidas suaves,
Por não ter asas pra tal viagem
E ficando-me por esta miragem...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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