DIVINA COMÉDIA
Vivemos numa divina comédia,
Nalgum errar por este Inferno,
Encenada imagem pouco séria
E num Verão de tanto Inverno.
Imagens esculpidas de santos,
Sem qual direito a Purgatório,
Sendo que mais há de tantos,
Em nosso funeral sem velório.
Percorremos ruas adjacentes,
Na busca de frondoso Paraíso,
Caminhos a que só os crentes,
Ou uma gente de pouco siso...
Adora-se quem melhor palrar,
Em que, a outros, somos o réu
E espalham-se velas pelo altar,
Sem alguma esperança no Céu.
Gritamos santidades vendidas,
Numa esperança da redenção,
Em mundo de almas perdidas,
Repletas de pecados na mão.
Seguimos o guião do pecado,
Lançando lenha pra fogueira
E sem entendermos o recado,
Em pecados à nossa maneira.
Rogamos aos céus o perdão,
Nalguma oração de conceito
E ferindo o peito com a mão,
Num bater de qualquer jeito.
Ai, esta tão comédia divina,
Obra de perversos reflexos,
Como se a de Capela Sistina
E mudos olhares perplexos!..
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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