ESTRADAS QUE PERCORRO...
Percorro a estrada que iniciei,
Tantas outras que ajudei a construir,
Aquelas, cujas tanto trabalhei
E muitos outros ajudaram a destruir!...
Tanto pelo meio, como pelas bordas,
Interessando o destino final,
Nunca seguindo o tambor de bandas,
Sejam elas do intelectual ou do banal!...
E acelero, sempre que necessário,
Por quantos descampados e montes,
Pelo de quanto trajecto ordinário,
Em lonjuras de sonhados horizontes...
Sigo sozinho, se tal obrigatório,
De mão dada com quem me a der,
Alinhavo todo este Purgatório,
Rumo a qual Inferno que advier!...
Fui arquitecto do meu trajecto,
Engenheiro da minha obra,
Por vias e pontes do mais recto,
Em auto-estradas de sobra!...
Introduzo as minhas mudanças,
Mesmo que siga por meu pé...
Sinto-me bem, nestas andanças
E sem caminhos por rodapé!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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