GOSTAVA DE SER PEDRA
Gostava de ser rocha numa escarpa,
Pedras da calçada de tanto passeio
E, entre as assentes, servir de farpa,
Que as levasse por algum devaneio...
Gostava que, por tal, me pisassem,
No mais subtil e doce dos prazeres,
Para que certo dia me recordassem
E me agradecessem estes quereres...
Gostava de ser granito, ou mármore,
Servindo de cama, nua e confortável,
Nas vidas e de quem vida deplorável...
Gostava de ser o repouso sob árvore,
Cinzelada arte, pelo melhor santeiro,
Lâmina de xisto e coberta de telheiro...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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