O BICHO-HOMEM...
Da perfeição da Natureza, eis que nasce a imperfeição!...
No meio de tantos animais,
Surge aquele dos mais banais,
Hipócrita, falso, invejoso e iludindo-se na razão,
Estúpido, senhor do mais genuíno e fraco ser,
Sempre semeando a confusão
E no seu mais reles pensado ver!...
Diz-se construtor de uma sociedade,
Mentor da mais qualificada filosofia,
Embora verdugo de quanta maldade,
Por erros do seu dia-a-dia,
Semeando palavras ao vento da falsidade!...
Demolidor da mais completa perfeição,
Do seu próprio ninho, como nenhum outro,
Vangloria-se, o bicho-homem,
Dono de sabedoria, para os que dormem,
Pois que os despertos são desencontro,
Dessa arrogância e desilusão!...
Pobre bicho, homem cavando a sepultura,
Embrulhando-se na sua arrastada vaidade,
Desde os tempos e cuja a humanidade dura,
Que não acorda, tampouco se reconhece,
Chafurdando na sua pocilga de traição,
Como bicho-homem e cujo nome tanto merece!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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