O VINHO, ALUSÃO A BOCAGE!...
Pecadores, eu Bocage não sou!...
Ele, à água fez alusão,
Eu tal prefiro fazer ao vinho,
Calculando o que estão a pensar,
Não porque seja adivinho,
Nem que escreva com igual tesão,
Mas ao qual me estou a cagar!...
Eis o que Bocage me doou!...
O vinho lava-nos os prantos do amor,
Não importa se tinto, ou branco,
Ao que o tinto nos dá outra cor,
Seja à mesa, ou num banco,
Fazendo esquecer as dívidas,
Por mais que sejam compridas!...
Puritanos, eis o que Bocage me ensinou,
Naquela escrita pela água!...
Essa, pode até emundar o mundo,
O corpo do mais imundo,
A piça, a rata da maior égua,
Mas é o vinho que faz sonhar,
O que ninguém pode alcançar!...
Meus senhores, assim Bocage conspirou!...
Que os poetas são livres no seu ser,
Numa força e escrita de destemidos,
Quantas das vezes no maior sofrer...
Porém, para quem não nos entender,
Apontando o quanto somos fodidos,
Eu lhes digo, à Bocage, vão-se foder!!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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