QUESTIONO O TEMPO
Eu já não sei o que é o tempo,
Sabendo que nunca o saberei,
Podendo ser o caminho limpo,
Por caminhos que nunca andei...
E talvez porque tal não tenha,
Ou que não o queira percorrer
E não corro para tirar a senha,
Para o tempo em que morrer...
Deleito-me a tempo presente
E que o passado me ofereceu,
Olhando um outro, lá à frente
E em tudo o que este me deu...
Questiono todo esse malvado,
Tempo, que corre mais que eu,
Que me vai deixando atrasado
E por de quanto me prometeu...
Indago tudo o que foi passado,
Pelo mais pequeno momento,
Por meu caminho e já cansado,
Por um outro que não aguento...
Esqueço-me da corda do relógio,
Na esperança que ele não ande,
Fazendo da sua caixa o refúgio,
Para onde quer que me mande...
Por ora, é tempo que não tenho
E que não conseguirei encontrar,
Num encontro de meu empenho
E eu sem mais nada pra lhe dar!...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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