RUY DE CARVALHO
Mestre!... Que mais queres que te diga, actor?...
Tu és genuíno, o maior... o esplendor da obra,
Naquilo que demais tens... Um grande senhor!
Mestre na vida, no palco e que por mais sobra.
... Sendo que e quando, nesse teu dia, partires,
Tal quanto eu, pois que também me decidirei,
Não quero, – proíbo-te! –, que, contigo, leves
Aquilo que deveras te reconheci e comunguei...
A certeza, profundidade, mestria do trabalho,
Entendimento, que só os maiores conhecem...
Tu, sobejamente conhecido, Ruy de Carvalho,
És dono do palco, que só os deuses merecem.
Imploro-te que nos deixes o que te foi sabor...
Essa tua sabedoria, amigo de bastidor, a arte,
Tudo em que demais e mais foste o professor
E dessa divindade e teu teatro, fizeste parte...
Sempre serás vida neste universo e tanto teu,
Em que lutaste, conseguindo merecida vitória,
Dando alegrias a um público que te mereceu
E, se às vezes ingrato, te reconheceu a glória...
Deixa que te acompanhe, nas tuas vicissitudes,
Que contigo aprenda o que de melhor houver,
Recebendo, num teu ensinamento, as virtudes,
A vida, a humildade, no supremo do teu saber...
E quando chegar o calmo dia, partirei contigo,
Mesmo e que, por mais tardio me seja salutar,
Sei tal e sem te conhecer, perderei um amigo,
Um daqueles... e pelo que valerá a pena lutar.
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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