A OUTRA MARGEM
Vou comprar um bilhete, – só de ida! –,
Porque as viagens estão caras...
Passar a ponte para a outra margem
E olhar para esta, do meu pedestal,
Revendo toda a ilusão deixada,
Vasculhando em quantas teimosias
Percorridas durante a vida,
Mas longe de qualquer vassalagem,
Ou obediências e a quanto igual...
O percurso é longo... arreio as calças,
Numa vontade de cagar...
Que alívio!... puxo as alças
E o autoclismo à merda cá deixada!
E sigo, nesta minha carruagem,
O resto desta viagem
E sem forma de voltar...
Os cães ladram,
Como algumas pessoas que falam,
Mas não mordem,
... De tão obedientes que são!
... Arremessam pedras e fogem,
De cobardes, comendo à mão!
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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