VENTOS
Ventos, de perdido norte,
Tórridos arrepios na pele,
Gélidos tremores de calor
E maneiras que me são peso.
São chicotadas que marcam
Este corpo, no teu embate,
Traçadas marcas de amor,
Em silvos secos que matam,
Mas nada que tal me farte,
Nesse ondular, esculpida arte,
Desse teu sopro tão perverso.
São ventos, sacudidos ventos,
Que me sopram teus segredos
E que não posso recontar...
Alguns que me fazem corar!
... Mas continua, continua
Nessa correria linda e nua,
Nesse enrolar muito teu,
Pois que gosto tanto dele
Neste corpo, sem ser meu...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. DEIXA-TE DE MERDAS, PASSA...
. PENSAMENTOS DE REFLEXÃO.....