VENTOS QUE ME SOPRAM
Sopram-me os ventos, ao ouvido,
Frescos e vindo não sei de onde...
Faço-me de surdo e adormecido,
Rendido, a bulício que me ronde.
Trazem-me notícias de tão além,
Palavras que vão chegando tarde,
Sem interesse pra mais ninguém,
Ensinamentos que me são alarde...
E que para os demais de nada são,
Ventos soltos e sem qual sentido,
Mas é com eles que ando metido!
Quando preciso, ei-los, na sua paz,
Afagando-me, neste avanço fugaz
E assim me delicio, nesta perdição...
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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